MOURISCO T
Referida na Portaria nº 380/2012 com o número de código PRT51701 [1].
Figura na base de dados Vitis International Variety Catalogue (VIVC) com a designação de Castanal e o nº 23051 [2].
Casta com clorótipo A [2], considerado o clorótipo típico das castas originárias da Península Ibérica. Não tem progenitores conhecidos!
A sua cultura aparece referenciada antes de 1799. Lacerda Lobo, em 1790, refere a Mourisco como cultivada em Basto, Ribeira de Vizela, Vila Nova de Cerveira, Moncorvo e Murça [3].
Esta casta é diferente da Marufo, que por vezes é designada Mourisco.
Superfície cultivada em Portugal: na região dos Vinhos Verdes, ocupando 956 ha (1% do encepamento nacional) [4].
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[1] Portaria Nº 380/2012, de 22 de novembro, do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
[2] Maul et al. (2023): Vitis International Variety Catalogue - MOURISCO (vivc.de) – acedido em março, 2023.
[3] Menezes, J.T.C. Pinto de, 1896. Apontamentos para o Estudo da Ampelographia Portugueza, 2ª série. Bol. Dir. Geral Agricultura 6 (7), 567-826.
[4] Vinhos e Aguardentes de Portugal 2020/2021 - Anuário, 188 pp. Instituto da Vinha e do Vinho, Lisboa.
Extremidade do ramo jovem aberta, sem carmim na orla e elevada densidade de pelos prostrados.
Folha jovem verde, página inferior com elevada densidade de pelos prostrados.
Flor hermafrodita.
Pâmpano ligeiramente estriado de vermelho, com gomos verdes.
Folha adulta de tamanho médio, orbicular, sub-inteira; limbo verde-escuro, perfil irregular a ondulado, bolhosidade elevada, página inferior com elevada densidade de pelos prostrados; dentes curtos, largos e convexos; seio peciolar com lóbulos ligeiramente sobrepostos, com a base em V, seios laterais abertos em V.
Cacho médio, cónico, compacidade média, pedúnculo médio.
Bago arredondado, médio e negro-azul; película de espessura média, polpa rija.
Sarmento castanho.
Microssatélites (SSR)
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Alelos (VIVC) [2]
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VVS2
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135 : 155
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VVMD5
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228 : 228
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VVMD7
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263 : 263
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VVMD25
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259 : 271 |
VVMD27
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182 : 190
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VVMD28
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236 : 264 |
VVMD32
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ssrVrZAG62
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194 : 196
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ssrVrZAG79
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247 : 259
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Abrolhamento: Precoce.
Pintor: Época média.
Maturação: Época média.
Vigor médio.
Porte ereto.
Apresenta boa fertilidade.
Mosto com bom teor em açúcar e alguma acidez.
Vinho de aroma vegetal, com alguma adstringência e sem destaque particular [5].
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[5] Mota, 2014. Preservação de Castas Autóctones no Noroeste Português. Variedades Tintas (Parte II / II). AGROTEC, agosto, 80-83.
Em 2022 deixou de ser considerada casta minoritária.
Possui material vegetativo para multiplicação da categoria standard [6].
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[6] DGAV > Plantas > Sementes, Plantas e Variedades > Materiais de Propagação > Videira – DGAV - acedido em março, 2023.
For citation please use:
Jorge Cunha, Francisco Baeta, José Eiras-Dias (year). Base de Dados da Coleção Ampelográfica Nacional, EVN. Available at: www.INIAV.pt (accessed month year).