TRINCADEIRA T
Referida na Portaria nº 380/2012 com o número de código PRT53006 [1].
Figura na base de dados Vitis International Variety Catalogue (VIVC) com o nº 15685 [2].
Casta com clorótipo D[2], considerado o clorótipo típico das castas originárias do Próximo Oriente. Não tem progenitores conhecidos!
O seu nome aparece em trabalhos publicados antes de 1800 [3].
Superfície cultivada em Portugal: Cultiva-se por todo o País, ocupando uma área de 7 807 ha (4% do encepamento) [4].
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[1] Portaria Nº 380/2012, de 22 de novembro, do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
[2] Maul et al. (2022): Vitis International Variety Catalogue - TRINCADEIRA (vivc.de) – acedido em setembro, 08, 2022.
[3] Menezes, J.T.C. Pinto de, 1896. Apontamentos para o Estudo da Ampelographia Portugueza, 2ª série. Bol. Dir. Geral Agricultura 6 (7), 567-826.
[4] Vinhos e Aguardentes de Portugal 2020/2021 - Anuário, 188 pp. Instituto da Vinha e do Vinho, Lisboa.
Extremidade do ramo jovem aberta, com orla carmim e média densidade de pelos prostrados.
Folha jovem verde-amarelada, página inferior com média densidade de pelos prostrados.
Flor hermafrodita.
Pâmpano verde, com gomos verdes.
Folha adulta de tamanho médio, pentagonal, com três a cinco lóbulos; limbo verde-claro, irregular, enrugado, medianamente bolhoso; página inferior com baixa densidade de pelos prostrados; dentes médios e convexos; seio peciolar com lóbulos ligeiramente sobrepostos, com a base em V, seios laterais abertos em V.
Cacho médio, cónico, medianamente compacto a compacto, pedúnculo de comprimento médio.
Bago arredondado, médio e negro-azul; película fina, polpa mole.
Sarmento castanho-amarelado.
Microssatélites (SSR)
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Alelos (VIVC) [2]
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VVS2
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133:151
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VVMD5
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236:240
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VVMD7
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239:249
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VVMD25
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241:263
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VVMD27
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182:186
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VVMD28
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228:234
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VVMD32
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240:272
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ssrVrZAG62
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188:204
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ssrVrZAG79
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247:251
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Abrolhamento: Época média, 8 dias após a Castelão.
Floração: Época média, 6 dias após a Castelão.
Pintor: Época média, em simultâneo com a Castelão.
Maturação: Época média, uma semana após a Castelão.
Casta vigorosa, de porte semi-ereto.
Muito sensível ao oídio e à podridão. Embora a compacidade do cacho não seja muito elevada, a película fina do bago rompe-se com facilidade quando este aumenta de tamanho.
Sensível ao míldio.
A razão fundamental para ser mais cultivada em regiões quentes e secas prende-se com o facto de ser uma variedade bastante suscetível à podridão.
Deve ser vindimada num estado de completa maturação, essencial para vinhos mais robustos e com potencial de guarda, evitando a possibilidade de gostos herbáceos que ocorrem com alguma frequência quando se vindima demasiado cedo.
Quando vindimada no seu ótimo de maturação, dá vinhos com uma cor tinta intensa, aroma a frutos muito maduros, sabor harmonioso e macios.
Possui clones certificados para multiplicação [5]:
Clones (Responsável pela manutenção)
10 EAN PT (a)
11 EAN PT (a)
12 EAN PT (a)
13 EAN PT (a)
14 EAN PT (a)
15 EAN PT (a)
6 JBP PT (b)
7 JBP PT (b)
8 JBP PT (b)
109 JBP PT (b)
(a) PORVID - Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira, https://www.facebook.com/porvid.portugal/;
(b) JBP/Plansel - https://plansel.com.
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[5] DGAV > Plantas > Sementes, Plantas e Variedades > Materiais de Propagação > Videira - Videira – DGAV - acedido em setembro, 08, 2022.
For citation please use:
Jorge Cunha, Francisco Baeta, José Eiras-Dias (year). Base de Dados da Coleção Ampelográfica Nacional, EVN. Available at: www.INIAV.pt (accessed month year).