Salteadores da arca perdida: as variedades regionais como tesouros a resgatar
No dia 7 de dezembro, a Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva, em colaboração com o Centro Ciência Viva de Vila do Conde, promoveu mais uma sessão do ciclo de conversas sobre biodiversidade e sustentabilidade ambiental DIVERSIDADES, que teve lugar no Auditório do Centro Ciência Viva de Vila do Conde.
SOBRE A SESSÃO:
Ao longo da evolução humana, primeiro como caçadores-recolectores e depois como agricultores, a nossa dieta alimentar tem sido muito diversificada. Desde a revolução agrícola, há cerca de 10 mil anos, que o que comemos reflete as características da região que habitamos, e que as espécies vegetais e animais utilizadas na nossa alimentação têm vindo a ser paulatinamente moldadas pelo conhecimento e preferências dos produtores, e restringidas pelas condições ambientais locais, como o clima, o solo, a disponibilidade de água, entre outras. Com o tempo, a necessidade aguçou o engenho e o engenho aguçou a arte e as diferentes adaptações locais culminaram numa variedade enorme de frutas e hortícolas, de raças de animais domésticos, de pães, de bebidas fermentadas, de queijos e de muitos outros alimentos. Esta diversidade é um tesouro de múltiplas facetas. Ao património cultural que alberga, seja em riqueza de sabores, em técnicas engenhosas executadas por resilientes e criativos antepassados, ou no valor sentimental, associa-se o seu património genético, potencial solucionador de muitas maleitas atuais e futuras das monoculturas que nos alimentam atualmente, encerrando em si o futuro da segurança alimentar. Nesta conversa vamos, com um olho no passado e outro no futuro, discutir se estaremos perante a última chamada para a imperiosa salvaguarda ética desta diversidade e se, infelizmente, para alguma “joias” já não será demasiado tarde.
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Fabiano Bracht (FLUP – Faculdade de Letras da Universidade do Porto, CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar “Cultura, Espaço e Memória”, e REMA – Research Management & Science Communication Unit Hub) Fabiano Bracht é Investigador FCT (CEEC Institucional – 2018), gestor de comunicação de ciência do REMA e membro integrado do CITCEM, ambos na FLUP. Doutorado em História pela FLUP, em suas investigações tem abordado os processos históricos de circulação e construção do conhecimento científico, principalmente nos campos da Medicina, Farmácia e das Ciências Naturais. |
MAIS INFORMAÇÕES: https://mhnc.up.pt/diversidades-salteadores-da-arca-perdida/
Público alvo: adultos | Participação gratuita, mediante inscrição prévia: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.