Neste artigo, fazemos um ponto de situação sobre as origens e a evolução da agricultura biológica em Portugal e no mundo, bem como o papel do Banco Português de Germoplasma Vegetal para o seu futuro.
A agricultura biológica, tal como hoje é entendida, resultou da conjugação de diversos métodos alternativos de produção agrícola que foram sendo desenvolvidos, principalmente na Europa, desde o início do século XX. Foram vários os movimentos percursores deste modo de produção agrícola. O primeiro surgiu na Alemanha, nos anos 20, baseado na teoria filosófica de Rudolf Steiner. Um segundo movimento, baseado na agricultura orgânica, surgiu em Inglaterra, no período após a Segunda Guerra Mundial, a partir dos trabalhos de Sir Howard. Ainda nos anos 40 surge um terceiro movimento, localizado na Suíça, com base nos trabalhos de Hans Peter Rush e H. Muller.
Apesar da relevância destes movimentos e da sua propagação, os anos 50 correspondem a uma estagnação da agricultura biológica, uma vez que corresponde a uma fase de crescimento económico em que as atenções se concentravam em melhorar e aumentar a produção, o que se veio a traduzir na intensificação dos processos agrícolas.
Nas décadas de 60 e 70 assiste-se a um novo impulso na produção biológica, principalmente nos países da Europa do Norte, associado, em grande parte, à emergência de movimentos ecológicos e outros movimentos alternativos. Com o aumento da procura, motivada por questões de saúde e ligadas à proteção do ambiente, a década de 80 serve de palco à continuidade do seu desenvolvimento.
Artigo de Ana Maria Barata e Violeta Lopes do Instituto Nacional Investigação Agrária e Veterinária, I.P. - BPGV.
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