Breve explicação teórica

O ADN (ácido desoxirribonucleico), em diversos segmentos ou regiões, apresenta diferenças nas sequências de indivíduo para indivíduo dentro da mesma espécie ou até mesmo raça, tornando praticamente impossível encontrar dois animais idênticos. Assim, à semelhança da impressão digital, cada animal tem um padrão de ADN único, que pode ser usado para fins de identificação.
Cada indivíduo recebe metade do ADN da mãe e a outra metade do pai, o mesmo acontecendo com os padrões de ADN referidos. Deste modo, qualquer teste de paternidade assenta na comparação dos perfis de ADN do filho com os perfis de ADN correspondentes da mãe e do pai.
Os testes de paternidade são de natureza probabilística, baseando-se no princípio da exclusão genética, possibilitando demonstrar que um determinado animal não pode ser progenitor do filho em questão. Exclui-se a paternidade, quando os alelos correspondentes a um determinado marcador molecular não são compartilhados entre descendente-progenitor. Desta forma, o teste de paternidade por análise de perfil de ADN pressupõe a comparação dos perfis de ADN do filho com os perfis de ADN correspondentes da mãe e do pai. Com esta comparação é possível considerar o animal como:

1.  Compatível com um progenitor quando apresenta em cada microssatélite pelo menos um valor comum ao do progenitor em teste e esta situação se verifica simultaneamente para a totalidade de microssatélites considerados. Em termos gerais, quando apenas um dos progenitores é incluído na análise, a Probabilidade de Exclusão é de cerca de 96%.

2.  Compatível com os dois progenitores quando apresenta em cada microssatélite um valor comum a cada um dos progenitores e esta situação tem se verifica simultaneamente para o painel de microssatélites considerado. Na prática, quando os dois progenitores são conhecidos e incluídos na análise a Probabilidade de Exclusão pode ser superior a 99,99%.

3. Não Compatível com um dos progenitores, desde que não apresente qualquer valor comum no perfil correspondente do progenitor em teste, em pelo menos um dos microssatélites considerados.