GOUVEIO REAL B
Referida na Portaria nº 380/2012 com o número de código PRT50616 [1].
Figura na base de dados Vitis International Variety Catalogue (VIVC) com o nº 4927 [2].
Não foi mencionada até 1850. Em obras publicadas entre 1851 e 1880 foi mencionada pela 1ª vez a casta Gouveio Verdeal, que, devido à proximidade fonética, poderá ser a antiga designação de Gouveio Real [3].
Cruzamento natural de Heben/Mourisco Branco (B) x ‘Progenitor desconhecido’, sendo a Heben/Mourisco Branco a progenitora feminina, uma vez que possui flor feminina e clorótipo A, como a Gouveio Real [4].
Superfície cultivada em Portugal: residual no encepamento nacional [5]; a sua cultura está restrita à região do Douro.
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[1] Portaria Nº 380/2012, de 22 de novembro, do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
[2] Maul et al. (2023): Vitis International Variety Catalogue - www.vivc.de – acedido em março, 2023.
[3] Menezes, J.T.C. Pinto de, 1896. Apontamentos para o Estudo da Ampelographia Portugueza, 2ª série. Bol. Dir. Geral Agricultura 6 (7), 567-826.
[4] Röckel et al. (2024). Vitis International Variety Catalogue - Gouveio Real (vivc.de) – acedido em novembro, 2024.
[5] Vinhos e Aguardentes de Portugal 2022 - Anuário, 188 pp. Instituto da Vinha e do Vinho, Lisboa.
Extremidade do ramo jovem aberta, com orla carmim, média densidade de pelos prostrados.
Folha jovem verde, página inferior com média densidade de pelos prostrados.
Flor hermafrodita.
Pâmpano ligeiramente estriado de vermelho, gomos com fraca intensidade antociânica.
Folha adulta de tamanho médio, orbicular, subquinquelobada; limbo verde-claro, ligeiramente revoluto, bolhosidade elevada; página inferior com média densidade de pelos prostrados; dentes convexos; seio peciolar aberto a pouco aberto, com a base em chaveta, seios laterais fechados, em V; pecíolo avermelhado.
Cacho médio, cónico-alado, com várias asas, compacto, pedúnculo curto.
Bago elíptico curto, médio e verde-amarelado; película medianamente espessa, polpa de consistência média.
Sarmento castanho-escuro.
Microssatélites (SSR)
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Alelos (VIVC) [2]
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VVS2
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143 : 151
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VVMD5
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228 : 236
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VVMD7
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239 : 243
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VVMD25
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VVMD27
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182 : 190
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VVMD28
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VVMD32
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ssrVrZAG62
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188 : 204
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ssrVrZAG79
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247 : 251
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Abrolhamento: Precoce, 1 dias após a Fernão Pires B.
Floração: Época média, 5 dias após a Fernão Pires B.
Pintor: Época média, 7 dias após a Fernão Pires B.
Maturação: Época média, uma semana após a Fernão Pires B.
Vigor fraco.
Produtividade média a baixa.
Sensível ao oídio e à podridão dos cachos. Moderadamente sensível ao míldio.
Os mostos possuem um potencial alcoólico alto e uma acidez média.
Vinho de cor citrina, aroma algo complexo, com frutado intenso e algum floral.
Na boca mostra frescura, com excelente equilíbrio álcool/acidez, boa estrutura e boa persistência.
Possui material vegetativo para multiplicação na categoria standard [6].
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[6] Videira – DGAV – acedido em novembro, 2024.
For citation please use:
Jorge Cunha, Francisco Baeta, José Eiras-Dias (year). Base de Dados da Coleção Ampelográfica Nacional, EVN. Available at: www.INIAV.pt (accessed month year).