MOURISCO BRANCO B
Referida na Portaria nº 380/2012 com o número de código PRT50916 [1].
Figura na base de dados Vitis International Variety Catalogue (VIVC) com a designação Hében B e o nº 5335 [2].
Casta com clorótipo A [2], típico das castas originárias da Península Ibérica. Não tem progenitores conhecidos!
A designação de Mourisco Branco B é muito antiga, sendo referida em obras publicadas antes do fim do século XVIII [3].
Superfície cultivada em Portugal: É residual no encepamento nacional [4]. A sua cultura restringe-se a vinhas antigas da região do Douro.
É uma variedade muito antiga e muito importante no encepamento nacional, sendo progenitor(a) de várias outras castas, como por exemplo a Boal Espinho B, Malvasia Fina B (sendo de assinalar que a Boal Espinho resulta do cruzamento da Malvasia Fina com a Mourisco Branco), Códega de Larinho B, Malvasia B (cultivada em Colares), Rabigato Moreno B e Trincadeira das Pratas B [5].
Indicação Geográfica Protegida (IGP): Transmontano; Duriense; Tejo; Alentejano; Algarve e Península de Setúbal [4].
Denominação de Origem Protegida (DOP): Alentejo; Douro e Porto [4].
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[1] Portaria Nº 380/2012, de 22 de novembro, do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
[2] Maul et al. (2023): Vitis International Variety Catalogue - MOURISCO BRANCO (vivc.de) – acedido em dezembro, 2023.
[3] Menezes, J.T.C. Pinto de, 1896. Apontamentos para o Estudo da Ampelographia Portugueza, 2ª série. Bol. Dir. Geral Agricultura 6 (7), 567-826.
[4] Vinhos e Aguardentes de Portugal 2022 - Anuário, 188 pp. Instituto da Vinha e do Vinho, Lisboa.
[5] Zinelabidine,L.H., J. Cunha, J. E. Eiras-Dias, F. Cabello, J. M. Martínez-Zapater and J. Ibáñez, 2015. Pedigree analysis of the Spanish grapevine cultivar 'Hebén'. Vitis, 54 (Special Issue), 81-86.
Extremidade do ramo jovem aberta, com orla carmim de intensidade média e elevada densidade de pelos prostrados.
Folha jovem verde, página inferior com média densidade de pelos prostrados.
Flor feminina, com estames reflexos.
Pâmpano ligeiramente estriado de vermelho; gomos verdes.
Folha adulta média, pentagonal, com cinco lóbulos; limbo verde médio, ligeiramente
revoluto, com enrugamento e bolhosidade média; nervuras principais verdes; página inferior com baixa densidade de pelos prostrados; dentes grandes e convexos; seio peciolar com lóbulos sobrepostos, com a base em V fechado, e seios laterais fechados, em V.
Cacho comprido, cónico-alado, pouco compacto; pedúnculo de comprimento médio.
Bago arredondado, grande e verde-amarelado; película de espessura média, polpa de consistência média.
Sarmento castanho.
Microssatélites (SSR)
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Alelos (VIVC) [2]
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VVS2
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143 : 145
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VVMD5
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236 : 242
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VVMD7
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239 : 243
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VVMD25
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241 : 255
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VVMD27
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182 : 195
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VVMD28
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234 : 258
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VVMD32
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256 : 272
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ssrVrZAG62
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188 : 188
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ssrVrZAG79
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247 : 257
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Abrolhamento: Época média.
Maturação: Tardia.
Vigor médio a elevado.
Porte semi-ereto.
Fertilidade média (1 cacho / lançamento).
Os mostos apresentam teor alcoólico provável baixo a médio e baixa acidez.
Casta minoritária.
Não possui material standard, nem clones certificados, para multiplicação [6].
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[6] Castas-minoritarias_3-3-2023.pdf (dgav.pt), acedido em dezembro, 2023.
For citation please use:
Jorge Cunha, Francisco Baeta, José Eiras-Dias (year). Base de Dados da Coleção Ampelográfica Nacional, EVN. Available at: www.INIAV.pt (accessed month year).