SERCIAL B
Referida na Portaria nº 380/2012 com o número de código PRT40505 [1].
Figura na base de dados Vitis International Variety Catalogue (VIVC) com o nº 11497 [2].
O nome de Sercial pode originar confusão com os nomes de outras castas que figuram na Portaria nº 380/2012:
- Cerceal Branco B: cultivada no Douro e Dão;
- Cercial B: cultivada na Bairrada;
- Sercialinho B: cultivada na Bairrada.
A Sercial B é conhecida nalgumas regiões vitícolas por Esgana Cão B, sendo diferente e não confundível com as castas referidas na Portaria nº 380/2012: Esgana Cão Tinto T, Esganinho B e Esganoso B.
O nome desta casta (Sercial B) é um bom exemplo da importância de cada casta ter um único nome, de modo a não induzir em erro com outras castas totalmente diferentes.
Clorótipo A [2], típico das castas originárias da Península Ibérica. Não tem progenitores conhecidos!
Superfície cultivada em Portugal: É residual no encepamento nacional [3].
Indicação Geográfica Protegida (IGP): Minho; Duriense; Terras de Cister; Beira Atlântico; Terras da Beira; Terras do Dão; Lisboa; Tejo; Península de Setúbal; Alentejo; Algarve; Terras Madeirenses e Açores [3].
Denominação de Origem Protegida (DOP): Vinho Verde; Douro; Porto; Lafões; Bucelas; DoTejo; Alentejo; Madeira; Madeirense; Biscoitos; Graciosa e Pico [3].
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[1] Portaria Nº 380/2012, de 22 de novembro, do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
[2] Maul et al. (2023): Vitis International Variety Catalogue - SERCIAL (vivc.de) – acedido em dezembro, 2023.
[3] Vinhos e Aguardentes de Portugal 2022 - Anuário, 188 pp. Instituto da Vinha e do Vinho, Lisboa.
Extremidade do ramo jovem aberta, com carmim generalizado de intensidade elevada, elevada densidade de pelos prostrados.
Folha jovem com zonas acobreadas, página inferior com média densidade de pelos prostrados.
Flor hermafrodita.
Pâmpano ligeiramente estriado de vermelho, com gomos verdes.
Folha adulta média, pentagonal, com cinco lóbulos; limbo verde-escuro, ligeiramente revoluto, com bolhosidade elevada; página inferior com média a elevada densidade de pelos prostrados entre as nervuras e média densidade de pelos eretos sobre as nervuras; dentes médios e convexos; seio peciolar com lóbulos ligeiramente sobrepostos, com a base em V, e seios laterais abertos em V.
Cacho pequeno, cónico-alado, compacto; pedúnculo curto.
Bago elíptico-curto, pequeno e verde amarelado; película de espessura média, polpa mole.
Sarmento castanho escuro.
Microssatélites (SSR)
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Alelos (VIVC) [2]
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VVS2
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133 : 151
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VVMD5
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228 : 240
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VVMD7
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239 : 253
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VVMD25
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239 : 263 |
VVMD27
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182 : 186
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VVMD28
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234 : 258 |
VVMD32
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240 : 240 |
ssrVrZAG62
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188 : 194
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ssrVrZAG79
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247 : 259
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Abrolhamento: Época média, 4 dias após a Fernão Pires B.
Floração: Época média a precoce, 2 dias após a Fernão Pires B.
Maturação: Época média (1,3º prováveis abaixo da Fernão Pires B).
Acidez elevada (mais 4 g/L de ácido tartárico que a Fernão Pires B).
Fertilidade média.
Porte prostrado, favorecendo o desenvolvimento do oídio e prejudicando as condições de maturação.
Muito sensível à carência de boro.
Produz vinhos bastante ácidos. Devido à sua elevada acidez, pode ter um importante papel complementar em associação com outras castas.
Na Madeira, as uvas desta casta são vinificadas separadamente e dão vinhos secos que necessitam de um longo envelhecimento.
Possui clones certificados para multiplicação [4]:
Clones (Responsável pela manutenção)
49 JBP PT (a)
105 JBP PT (a)
(a) JBP/Plansel - https://plansel.com/viveiros/.
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[4] lista-nacional-de-clones-completa.pdf (dgav.pt) - acedido em dezembro, 2023.
For citation please use:
Jorge Cunha, Francisco Baeta, José Eiras-Dias (year). Base de Dados da Coleção Ampelográfica Nacional, EVN. Available at: www.INIAV.pt (accessed month year).