CARIGNAN T
Referida na Portaria nº 380/2012 com o número de código PRT53804 [1].
Figura na base de dados Vitis International Variety Catalogue (VIVC) com o nº 2098 [2].
Casta com clorótipo A [2], considerado o clorótipo típico das castas originárias da Península Ibérica. Cruzamento natural de Castellana Blanca com outro progenitor ainda não identificado.
Casta de origem espanhola, provavelmente da região de Aragão [3]. Em Espanha é conhecida por Mazuela.
Possui uma mutação branca, a Carignan Branca, que não é cultivada em Portugal.
A sua cultura não aparece referenciada em Portugal, em 1889 [4].
Superfície cultivada em Portugal: Residual no encepamento nacional [5].
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[1] Portaria Nº 380/2012, de 22 de novembro, do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
[2] Maul et al. (2023): Vitis International Variety Catalogue - CARIGNAN NOIR (vivc.de) – acedido em março, 2023.
[3] Cépages (plantnet-project.org), acedido em março, 2023.
[4] Menezes, J.T.C. Pinto de, 1889. Lista das Castas de Videiras Portuguezas. Bol. Dir. Geral Agricultura 1 (5), 351-399.
[5] Vinhos e Aguardentes de Portugal 2020/2021 - Anuário, 188 pp. Instituto da Vinha e do Vinho, Lisboa.
Extremidade do ramo jovem aberta, com orla carmim de intensidade baixa e média densidade de pelos prostrados.
Folha jovem verde, página inferior com média densidade de pelos prostrados.
Flor hermafrodita.
Pâmpano ligeiramente estriado de vermelho; gomos com intensidade antociânica baixa.
Folha adulta grande, pentagonal, com cinco lóbulos; limbo verde médio, irregular, com enrugamento, com bolhosidade média; página inferior com média densidade de pelos prostrados entre as nervuras; dentes grandes e retilíneos; seio peciolar com lóbulos
ligeiramente sobrepostos, com a base em V, e seios laterais fechados em V.
Cacho médio, cilindro-cónico, muito compacto; pedúnculo de comprimento médio.
Bago arredondado, médio e negro-azul; película de espessura média, polpa de consistência média.
Sarmento castanho escuro.
Microssatélites (SSR)
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Alelos (VIVC) [2]
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VVS2
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143 : 145
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VVMD5
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238 : 240
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VVMD7
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243 : 257
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VVMD25
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241 : 250 |
VVMD27
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180 : 182
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VVMD28
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236 : 248 |
VVMD32
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252 : 252 |
ssrVrZAG62
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188 : 188
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ssrVrZAG79
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247 : 251
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Abrolhamento: Época média.
Maturação: Tardia.
Porte semi-ereto.
Fertilidade elevada (1,5 a 2 cachos/lançamento).
Vigor médio a elevado.
Muito sensível ao oídio.
Origina vinhos com coloração bastante intensa e profunda, com teor alcoólico médio. Possui taninos em abundância, transmitindo ao vinho adstringência.
Em condições de baixa fertilidade e boas condições de maturação, os vinhos podem ser bem estruturados, robustos e encorpados.
Sendo também cultivada no estrangeiro, em Portugal não existe material standard, nem clones certificados, para multiplicação. Neste sentido, e perante a impossibilidade de obtenção, no país, de material para multiplicação, é considerada uma casta minoritária.
Em França, Espanha e Itália, existem 25 [6][7], 12 [8] e 4 [9] clones certificados, respetivamente.
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[6] Cépages (plantnet-project.org), acedido em março, 2023.
[7] Decision_clones_agréés_vigne_consolidée_fevrier23.pdf (franceagrimer.fr), acedido em março, 2023.
[8] 20200519listadoclonesvidespanol_tcm30-538175.pdf (mapa.gob.es), acedido em março, 2023.
[9] Registro Nazionale delle Varietà di Vite (politicheagricole.it), acedido em março, 2023.
For citation please use:
Jorge Cunha, Francisco Baeta, José Eiras-Dias (year). Base de Dados da Coleção Ampelográfica Nacional, EVN. Available at: www.INIAV.pt (accessed month year).