DELICIOSA T
Referida na Portaria nº 380/2012 com o número de código PRT41707[1].
Figura na base de dados Vitis International Variety Catalogue (VIVC) com o nº 3507[2].
Cruzamento com o código H 6-52-249, obtido por Leão Ferreira de Almeida, em 1952, na Estação Agronómica Nacional, atual INIAV.
Segundo o Obtentor é um cruzamento de Diagalves x Sultanina. A utilização de marcadores moleculares permitiu concluir que é um cruzamento de Diagalves x Alicante Henri Bouschet [2].
Normalmente esta discrepância justifica-se por contaminação do pólen durante o processo de fecundação artificial.
Superfície cultivada em Portugal: Residual no encepamento nacional, só sendo cultivada na Madeira[3].
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[1] Portaria Nº 380/2012, de 22 de novembro, do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
[2] Maul et al. (2022): Vitis International Variety Catalogue - DELICIOSA (vivc.de) – acedido em abril, 18, 2022.
[3] Vinhos e Aguardentes de Portugal 2020/2021 - Anuário, 188 pp. Instituto da Vinha e do Vinho, Lisboa.
Extremidade do ramo jovem aberta, com orla carmim de intensidade média e elevada densidade de pelos prostrados.
Folha jovem verde com zonas acobreadas, página inferior com elevada densidade de pelos prostrados.
Flor hermafrodita.
Pâmpano verde, intensidade antociânica dos gomos fraca.
Folha adulta de tamanho médio, orbicular, com três a cinco lóbulos; limbo verde médio, ligeiramente revoluto, bolhosidade fraca; página inferior com média densidade de pelos prostrados; dentes longos, retilíneo-convexos; seio peciolar aberto, com a base em U, seios laterais fechados em V.
Cacho grande, cónico, ligeiramente alado, compacto, pedúnculo de comprimento médio.
Bago arredondado, médio e negro-azul; película fina, polpa não corada e mole.
Sarmento castanho escuro a avermelhado.
Microssatélites (SSR)
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Alelos (VIVC) [2]
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VVS2
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143 : 145
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VVMD5
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228 : 240
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VVMD7
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239 : 253
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VVMD25
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VVMD27
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182 : 186
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VVMD28
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VVMD32
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ssrVrZAG62
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188 : 188
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ssrVrZAG79
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243 : 257
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Abrolhamento: Época média.
Maturação: Tardia.
Produz vinhos com teor alcoólico baixo e com pouca acidez. A fermentação maloláctica dá-se cedo. Teor em cloretos acima dos teores normais, com um teor em sódio elevado, com baixo teor em polifenóis totais, um valor muito baixo de intensidade de cor e com um elevado valor de “nuance”, denotando uma predominância da coloração amarela na cor global do vinho. À prova mostrou-se rosado, com frutado de aroma, embora associado a um estranho herbáceo e pesado, e em que o sabor, além de estar marcado pelo aroma, denota um certo amargo[4].
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[4] Ghira, J.C., L.C. Carneiro, H.P. Carvalho, Isabel S. Garcia, J.S. Vinagre, 1982. Estudo Vitícola e Enológico de Castas Novas da EAN. Série Técnica (9), D.G. Extensão Rural, Lisboa.
Casta minoritária.
Não possui material standard, nem clones certificados, para multiplicação[5].
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[5] Castas-minoritarias_3-3-2023.pdf (dgav.pt), acedido em março, 2023.
For citation please use:
Jorge Cunha, Francisco Baeta, José Eiras-Dias (year). Base de Dados da Coleção Ampelográfica Nacional, EVN. Available at: www.INIAV.pt (accessed month year).