Investigadores do INIAV participam em projeto nacional inovador com ventiladores feitos em Portugal
Faz esta semana (7/12/2020) capa do Jornal i a notícia “PORTUGUESES CRIAM VENTILADOR QUE CUSTA 1000 EUROS“ (https://ionline.sapo.pt/artigo/717344/portugueses-criam-ventilador-que-custa-mil-euros?seccao=Portugal_i).
A necessidade de dotar as unidades de cuidados intensivos com mais ventiladores para doentes com COVID-19, levou uma equipa de investigadores portugueses a criar modelos minimalistas destes equipamentos médicos, produzidos com materiais comuns e recorrendo à impressão 3D, tendo por meta um custo de produção inferior a 1000 euros.
MiniVent - Ventilador Minimalista para a COVID-19 é o nome do projeto de investigação clínica que junta cientistas da FCT NOVA – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa e da NOVA Medical School da Universidade NOVA de Lisboa (NMS). O projeto conta ainda com a parceria da Universidade de Coimbra, através do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde. A equipa de investigação responsável pelo projeto acredita que estes ventiladores poderão vir a fazer grande diferença em sistemas de saúde de países onde não existam estes equipamentos, independentemente da evolução da pandemia.
No entanto, e de forma a que pudessem ser certificados pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, era necessário passar com sucesso a fase de testes em seres vivos, em modelo animal, que incluíam, entre outros, a indução e manutenção anestésica com protocolo adequado, a cateterização para gasometria arterial e posterior recobro. Tal foi possível com a participação do INIAV, através da equipa da cirurgia experimental sediada na Fonte Boa, Polo de Inovação de Santarém, e composta pelos investigadores do INIAV, médicos-veterinários, Jorge Pimenta e Sandra Cavaco, e sob a orientação da coordenadora deste polo do INIAV, Doutora Olga Moreira. Os ventiladores foram testados tendo o porco Malhado de Alcobaça (núcleo da Fonte Boa) como modelo animal.
Desta forma, foi possível passar com sucesso a fase de testes em seres vivos, estando agora mais próximos de vir a ser certificados pelas entidades competentes.