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PROGRAMA - Conferência Alterações Climáticas: Que desafios se nos coloca nas próximas décadas” no dia 24 de outubro 2024Comunicado de Imprensa

17 de outubro de 2024

Conferência sobre Alterações Climáticas

reúne em Lisboa alguns dos principais especialistas nacionais nesta área

No próximo dia 24 de outubro, a Sociedade de Geografia de Lisboa acolherá a conferência "Alterações Climáticas: Que desafios se nos colocam nas próximas décadas?", um evento de elevada relevância que visa colocar em destaque um dos maiores desafios da humanidade: as alterações climáticas e o seu impacto em múltiplos setores, particularmente na agricultura e na economia. Esta iniciativa, integrada no Dia Internacional Contra as Alterações Climáticas, vai reunir alguns dos principais especialistas de várias áreas para um debate essencial sobre o futuro que enfrentamos e as soluções necessárias para mitigar os seus efeitos.

As alterações climáticas já demonstram ter impactos profundos nas nossas sociedades, desde a intensificação de eventos extremos, como secas prolongadas e tempestades severas, até à transformação de ecossistemas vitais, passando pelos incêndios que assolaram este ano o nosso país. A agricultura, um dos setores mais vulneráveis a essas mudanças, enfrenta a difícil tarefa de se adaptar a um cenário cada vez mais incerto, ao mesmo tempo que procura soluções para assegurar a sustentabilidade alimentar e o uso eficiente dos recursos hídricos.

“É inegável que há uma alteração das condições climáticas. Nos últimos anos, o fenómeno que se tem tornado mais evidente para a atividade agrícola é a imprevisibilidade do clima. As condições meteorológicas são cada vez mais atípicas e isso reflete-se nas produtividades agrícolas. O agricultor tem muitas vezes dificuldades em se adaptar a estas alterações drásticas do clima. A tecnologia representa um forte aliado, mas há outras estratégias, nomeadamente o desenvolvimento genético de variedades mais adaptadas à realidade climatológica atual que implicam muitos anos de investigação e desenvolvimento”, explicou Jorge Neves, presidente da ANPROMIS - Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo, uma das entidades gestoras do CNCACSA.

Nesta conferência, serão abordadas questões como a adaptação às alterações climáticas, os desafios económicos que estas colocam e, em particular, o futuro da água na agricultura mediterrânea. Especialistas nacionais em diversos domínios desde a agrometeorologia, a agricultura e as florestas, o regadio e a economia irão partilhar as suas perspetivas sobre a forma como o setor agro-florestal pode resistir e prosperar num ambiente em constante mudança.

Nuno Canada, presidente do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), sublinhou que a “mudança climática é transversal a todo o mundo, mas a Europa do sul, e em particular Portugal, está a ser fortemente afetada, sobretudo com a incidência de fenómenos meteorológicos extremos, bem como com o aumento da incerteza. Neste âmbito, com o objetivo de contribuir para preparar o setor agrícola e florestal para esta nova realidade estão a ser trabalhadas várias áreas no domínio da investigação e da inovação de que são exemplos o desenvolvimento de novas variedades de plantas mais adaptadas à nossa realidade, novos sistemas de produção que contribuem para a mitigação e adaptação, bem como o desenvolvimento de ferramentas de agricultura de precisão que permitem uma maior capacidade de adaptação, uso mais eficiente dos recursos, até à tecnologia da inteligência artificial que nos vai permitir prever e antecipar alguns problemas e desta forma encontrar estratégias para mitigar os seus efeitos”.

Um debate com o setor agroflorestal , a academia e os decisores políticos

Durante a manhã desta Conferência, a discussão central focar-se-á nas estratégias de adaptação às alterações climáticas, contando com intervenções de Francisco Ferreira, presidente da Zero, Tiago Oliveira, presidente da AGIF (Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais), Francisco Gomes da Silva, administrador da Casa Agrícola da Quinta da Foz, e Miguel Miranda, diretor executivo da Air Centre. Já no final da manhã, será explorado o impacto económico das alterações climáticas, com uma intervenção de Miguel Rocha de Sousa, da Universidade de Évora. O debate conta com comentários de Carlos Alves, vice-presidente da SEDES, e Pedro Ferraz da Costa, presidente do Fórum para a Competitividade.

A parte da tarde será dedicada ao debate sobre a gestão dos recursos hídricos na agricultura mediterrânea, um tema crucial para o futuro do setor em Portugal e na Europa. Serão ouvidas vozes como a de João Santos, diretor do CITAB (Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas), enquanto orador. Segue-se o debate com Gonçalo Santos Andrade, vice-presidente da CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), José Pedro Salema, presidente da EDIA, Pedro Fontes, administrador da AdP Valor e Rodrigo Proença de Oliveira, do Instituto Superior Técnico. Juntos vão refletir sobre as melhores práticas e inovações necessárias para enfrentar as secas e a escassez de água.

A conferência encerrará com as intervenções de Jorge Neves, presidente da ANPROMIS, Filipe Duarte Santos, presidente do CNADS (Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável), José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas, e Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia (a confirmar).

O evento, de entrada livre, mas de inscrição obrigatória, até dia 22 de outubro (limitado à capacidade da sala) terá lugar na Sociedade Portuguesa de Geografia, situada na Rua das Portas de Santo Antão, em Lisboa.

Inscrições para a Conferência aqui...

 

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Sobre o Centro Nacional de Competências para as Alterações Climáticas do Sector Agroflorestal (CNCACSA): Este Centro de Competências foi constituído em 2019 e tem por missão fomentar a Investigação e a partilha de conhecimentos em torno das Alterações Climáticas, promovendo eventos e sessões técnicas de campo, que permitam desenvolver e avaliar medidas de mitigação e adaptação perante a necessidade de garantir a sustentabilidade da agricultura e floresta portuguesa, nas vertentes produtivas, ambientais e sociais. O CNCACSA conta actualmente com a participação de mais de 70 Entidades entre as quais Organizações de Agricultores e Produtores Florestais, Centros de Ensino e Investigação, Entidades da Administração Central e outras Organizações Privadas sem fins lucrativos.