BioChestnut - IPM - Implementar estratégias de luta eficazes contra doenças do castanheiro e amendoeira
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AcrónimoBioChestnut
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Site do projeto
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Código do projetoPDR2020-101-030950
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Programa financiadorPDR 2020 - Programa de Desenvolvimento Rural
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MedidaAção1.1 - Grupos Operacionais
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Orçamento total (€)442 086,00
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Orçamento INIAV (€)53 958,71
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Cofinanciamento (%)75%
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Data de aprovação2018/06/20
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Data de início2018/05/01
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Data de conclusão2022/12/31
- Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos
- Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, IP
- Instituto Politécnico de Bragança
- Instituto Politécnico de Viana do Castelo
- Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
- Cooperativa Agrícola de Produtores de Frutos de Casca Rija
- Refcast
- Filipe Rodrigues Pereira
- Cooperativa dos Lavradores do Centro e Norte
- Agro Rio Bom
- Associação Regional dos Agricultores das Terras de Montenegro
- Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé
- Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana
- Soutos os Cavaleiros
- Associação Florestal Vale Douro Norte
- Cooperativa Agrícola de Penela da Beira
- Proruris
Objetivo principal:
Reforçar a competitividade do setor agroalimentar e florestal.
Objetivos visados:
Um dos objetivos visados com este Grupo Operacional é Implementar a luta biológica por Hipovirulência contra o Cancro do Castanheiro com base no bioproduto DICTIS nas regiões da DRAPNorte e DRAP Alentejo respeitando o programa sancionado e autorizado pela entidade reguladora nacional (DGAV). Para concretizar este objetivo consideram-se os seguintes objetivos operacionais:
- Caracterização da população virulenta de C.parasitica;
- Conhecer a presença da hipovirulencia natural na população de C.parasitica em Portugal;
- Monitorizar a eficácia dos tratamentos;
- Desenvolver formulações do bioproduto DICTIS para utilização em situações diferenciadas da doença no castanheiro.
Atividades:
Fase 1 - Caracterização por amostragem e georreferenciação da população virulenta de C. parasitica e que incluiu as seguintes tarefas:
- Definir e concretizar o plano de amostragem em função da distribuição do castanheiro em Trás-os-Montes, Minho, Alentejo;
- Caracterizar a população virulenta de C. parasitica, em laboratório e por métodos de microbiologia clássica e moleculares que inclui isolar, purificar e caracterizar os isolados de C. parasitica recolhidos em cada um dos locais.
- Caracterizar todos os isolados hipovirulentos, eventualmente obtidos, e avaliar o seu potencial como agente de controlo biológico.
Fase 2 - Desenvolver formulações e controlo de qualidade das formulações:
- Produzir em laboratório e em escala experimental formulações do bioproduto para utilização em diferentes condições de aplicação da luta biológica e respetiva avaliação.
- Produção de formulações “especiais” (esporos com Hipovirulência por exemplo).
Fase 3 - Organização “operacional” da aplicação do bioproduto DICTIS:
- Inscrição dos produtores de castanheiro que vão aplicar o bioproduto (Associações castanheiro);
- Acompanhar a aplicação e eficácia do bioproduto e registo dos locais de aplicação;
- Monitorização das aplicações (parcelas permanentes-associações castanheiro). Parcelas a manter para observação ao longo do tempo e que permitirão avaliar a eficácia do tratamento, persistência de ação e manutenção no campo do agente biológico.
Fase 4 - Estudo dos casos de falta de eficácia e propor medidas de controlo alternativas:
- Avaliação no campo dos casos de falta de eficácia do método (estudo de campo e laboratorial);
- Estudo laboratorial e respetivo diagnóstico e medidas de atuação.
Fase 5 - Desenvolver estudos para avaliação dos riscos na saúde humana e/ou animal e eventual impacto sobre o ambiente (exigência da entidade reguladora nacional).
Fase B - Doença da Tinta do Castanheiro - Instalação de 5 “ensaios piloto” na região de Trás-os-Montes em árvores com sintomas da Doença da Tinta (árvores com 20-25 anos):
- Localização, caracterização e georreferenciação dos locais de ensaio (Sambade; Freixeda; Carrazedo de Montenegro, Penela da Beira, Serra de S. Mamede).
- Aplicar meios de luta diretos (com utilização de substâncias ativas de ação direta na população parasita no solo) na primavera e no outono.
- Ensaios de laboratório e ou de estufa para avaliação do efeito na população parasita de Phytophthora cinnamomi e P. cambivora.
Fase C - Cancro da amendoeira - doença emergente em amendoeira:
- Isolar e caracterizar a população de Diaporthe amygdali em pomares antigos e nos pomares das novas variedades recentemente instalados (Campo).
- Avaliar a presença de hypovirus em D. amygdali e avaliação do seu potencial de utilização em luta biológica (laboratório).
- Avaliação da necessidade de intervenção e aplicação de medidas de luta direta em função do ciclo biológico do fungo D. amygdali para reduzir os prejuízos associados ao Cancro da Amendoeira
Resultados esperados/atingidos:
Implementar a luta biológica por hipovirulência contra o Cancro do Castanheiro com base no bioproduto (DICTIS) nas regiões da DRAP Norte e DRAP Alentejo respeitando o programa sancionado e autorizado pela entidade reguladora nacional (DGAV). A aplicação deste meio de luta traduzir-se-á na aplicação por parte dos produtores de castanheiro no tratamento das árvores doentes. Como resultado a atingir considera-se o tratamento de 1000 árvores /ano / associação, com o respetivo acompanhamento e cumprimentos dos requisitos legais exigidos, nomeadamente o registo dos locais de aplicação e respetiva eficácia dos tratamentos realizados.
Em relação à Doença da Tinta instalar “parcelas piloto” com a aplicação de meios de luta nas árvores doentes e suas adjacentes para evitar a dispersão da doença nos soutos, estratégia de atuação que em muito reduzirá a morte das árvores e declínio dos soutos.
Para o Cancro da Amendoeira, uma doença emergente, que provoca elevados prejuízos nas novas plantações, estudar a população do parasita Diaporthe amygdali, de forma a perspetivar estratégias de luta e necessidade de intervenção nos períodos mais adequados e avaliar a presença de hipovirus na população do parasita (hipovirulência) com potencial de utilização em luta biológica.