ConVIGNA – Consociação de milho com feijão-frade como uma técnica sustentável de adaptação da produção deste cereal às alterações climáticas em Portugal
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AcrónimoConVIGNA
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Site do projeto
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Código do projetoPDR2020-101-031658
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Programa financiadorPDR 2020 - Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020
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MedidaAção1.1 - Grupos Operacionais
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Orçamento total (€)320 603,92
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Orçamento INIAV (€)111 834,88
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Cofinanciamento (%)75%
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Data de aprovação2017/09/13
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Data de início2018/03/01
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Data de conclusão2021/12/31
- Associação Nacional de Produtores e Comerciantes de Sementes
- Curvas da Primavera, Lda
- Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.
- Living Farms Quintas Vivas, S.A
- Living Seeds Sementes Vivas, S.A
Objetivos específicos:
- Identificação das variedades de milho e feijão-frade que melhor se poderão vir a consociar (decisão de ciclos próximos), para que, em conjunto com práticas culturais e agrícolas, permitam atingir o objetivo;
- Avaliação da melhor época de sementeira das duas culturas, do milho com o feijão-frade, para se planear toda a parte agrícola e perceber os limites dos sistemas desse cultivo, em conjunto com os potenciais efeitos adversos provenientes das alterações climáticas;
- Seleção dos genótipos e cultivares, das culturas em estudo, que estão melhor adaptadas ao clima e ao tipo de solo da exploração;
- Otimização das distâncias de plantação entre as culturas;
- Otimização da melhor época do ano para a sementeira, monda e colheita, da consociação das duas culturas;
- Implementação de estudos de campo, através de ensaios distintos, a nível de práticas culturais, por forma a testar consociações entre diferentes variedades de milho e feijão-frade.
- Monitorização rigorosa dos principais indicadores identificados, ao longo do desenvolvimento vegetativo das culturas;
- Desenvolvimento de um sistema de consórcio em pequena escala com os pequenos agricultores por forma a testar a técnica desenvolvida;
- Desenvolvimento de um sistema de consórcio em larga escala, estendida aos principais produtores de milho nacional, com o apoio das organizações de produtores, cooperativas e associações do setor desta cultura, de modo a testar a técnica desenvolvida.
Outro objetivo do projeto e, que decorre da implementação do plano de ação, é a demonstração, divulgação e disseminação do conhecimento gerado no âmbito deste grupo operacional.
Principais fases de desenvolvimento:
Fase 1 - Recolha e multiplicação de sementes [Ano 0 – 1 ano]:
Serão recolhidas sementes de feijão-frade e milho que melhor se enquadrem no âmbito deste projeto, principalmente devido ao seu valor agronómico.
Será realizada a multiplicação das sementes recolhidas de forma a se dispor de sementes suficientes para o ano seguinte.
Fase 2 - Realização e monitorização de ensaios [Anos 1 e 2 – 2 anos]
Numa primeira fase, escolheu-se o feijão-frade por três razões principais. Em primeiro lugar, porque é uma hortícola, leguminosa grão tradicional portuguesa, muito utilizada na alimentação nacional. Em segundo lugar, porque esta espécie consociada com outros adubos verdes, mesmo depois de colhida a vagem, deixa um balanço positivo de azoto no solo. Em terceiro lugar, porque o feijão-frade tem a capacidade de atrair uma grande diversidade de insetos predadores de pragas de outras culturas.
A monitorização dos ensaios será sustentada em indicadores, a qual será da responsabilidade da empresa Living Seeds Sementes Vivas e do INIAV, consoante o local do ensaio.
Fase 3 - Multiplicação de variedades adequadas aos objetivos do projeto [Ano 3 - 1 ano]
No último ano do projeto irá ser realizada uma nova multiplicação, mas nesta fase, apenas das variedades de sementes de milho e feijão-frade que tiveram melhor performance, sendo as mais adequadas de acordo com os critérios definidos, ou seja de acordo com a adaptação às alterações climáticas (i.e. resistência à seca, produtividades, recursos hídricos) e consociação entre estas duas espécies. No final, será efetuada uma análise mais intensiva da metodologia como um todo para se poder elaborar um manual de boas práticas com o maior número de informação possível.
Resultados a atingir e potenciais beneficiários:
O milho é a cultura arvense com maior expressão em Portugal (146.719 hectares), podendo ser encontrada de Norte a Sul do país. De referir, que em 2015 existiam 74.500 produtores de milho em Portugal (Continental e Açores). O que significa que soluções ambientalmente responsáveis devem ser adotadas para minimizar os impactos negativos que se avizinham.
O estudo de novas técnicas de adaptação de milho às alterações climáticas em Portugal, através da consociação com a espécie tradicional portuguesa – feijão-frade - permitirá criar uma metodologia para auxiliar os produtores nacionais, as organizações de produtores, as cooperativas e as associações do setor desta cultura.
Paralelamente, esta metodologia, no âmbito desta iniciativa, será apenas aplicada ao milho consociado com o feijão-frade, o que significa que numa fase posterior, poderá ser testada esta mesma metodologia com outras espécies tradicionais, por forma a conseguir-se aumentar o leque de culturas tradicionais adaptadas às alterações climáticas e às novas exigências e objetivos da agricultura moderna e sustentável (i.e. maior produtividade, maior eficiência de nutrientes, resistência e tolerância à seca, robustez, resiliência, maior resistência a pragas e doenças).
Pretende-se elaborar um manual de boas práticas, para ser distribuído nos diversos eventos e ações propostas no âmbito da divulgação do projeto, composto pelos seguintes conteúdos:
- principais espécies tradicionais portuguesas;
- a problemática das alterações climáticas e como estas afetam a produção agrícola;
- a técnica de consociação entre espécies vegetais; iv) como esta técnica poderá promover a adaptação das espécies tradicionais às alterações climáticas;
- quais as espécies vegetais que melhor se consociam às espécies tradicionais para promoverem a adaptação às alterações climáticas;
- como o tipo de agricultura utilizado, bem como, as práticas culturais podem influenciar a adaptação de uma cultura às alterações climáticas;
- quais as espécies mais tolerantes às alterações climáticas. O objetivo deste manual consiste em divulgar todo o novo conhecimento, de forma ampla e transparente.
Quer o manual de boas práticas elaborado no âmbito deste projeto, quer a metodologia para a replicação desta técnica de consociação serão disponibilizados de forma gratuita, em papel ou versão WEB, de forma ampla e transparente a todos os produtores nacionais, organizações de produtores, cooperativas e associações do setor do milho, por forma a auxiliá-los e a promover soluções ambientalmente responsáveis para este setor.
Esta iniciativa torna-se, assim, importante e inovadora, não só no território nacional, mas também num contexto da União Europeia, onde a progressiva perda de biodiversidade e herança genética coloca em risco o capital natural a preservar e, por conseguinte, a segurança alimentar dos povos. No lado da oportunidade, este projeto surge num contexto favorável de procura externa por produtos de valor acrescentado em equilíbrio com os princípios de desenvolvimento sustentável.
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