LIFE SOS Pygargus - Urgent conservation actions to sustain Portuguese and transborder populations of the Montagu’s Harrier
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AcrónimoLife SOS Pygargus
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Código do projetoLIFE23-NAT-PT-101148303
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Programa financiadorLIFE
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Orçamento total (€)10 753 468,09
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Orçamento INIAV (€)516 972,13
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Cofinanciamento (%)75%
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Data de início01-09-2024
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Data de conclusão31-12-2030
- PALOMBAR - ASSOCIAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DO PATRIMÓNIO RURAL
- DGS-JEX - CONSEJERIA DE AGRICULTURA, GANADERIA Y DESARROLLO SOSTENIBLE - JUNTA DE EXTREMADURA
- UTAD - UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
- MC SONAE - MC SHARED SERVICES
- MCH - MODELO CONTINENTE HIPERMERCADOS S.A.
- LPN – LIGA PARA A PROTEÇÃO DA NATUREZA
- GREFA - GRUPO DE REHABILITACIÓN DE LA FAUNA AUTÓCTONA Y SU HÁBITAT GREFA
- VITA NATIVA - CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE
- AMUS - ASOCIACION DE ACCION POR EL MUNDO SALVAJE
- AEPGA - ASSOCIAÇÃO PARA O ESTUDO E PROTECÇÃO DO GADO ASININO
- BIOPOLIS-CIBIO - ASSOCIAÇÃO BIOPOLIS
- SPEA - SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O ESTUDO DAS AVES
- ANPOC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PRODUTORES DE PROTEAGINOSAS, OLEAGINOSAS E CEREAIS
- INIAV - INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO AGRARIA E VETERINÁRIA
- EDIA - EMPRESA DE DESENVOLVIMENTO E INTRA-ESTRUTURAS DO ALQUEVA, S.A.
- UMU - UNIVERSIDAD DE MURCIA
- DRAPN - DIREÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO NORTE
- ICNF - INSTITUTO DA CONSERVACAO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS, IP
Objetivo principal:
O projeto estabelecerá as ferramentas para a conservação a curto e longo prazo das populações de Circus pygargus (CP) nas suas principais áreas de distribuição portuguesas e transfronteiriças, através da implementação de medidas de conservação relacionadas com a gestão do habitat e melhorando o sucesso reprodutivo, mitigando ameaças e reduzindo a mortalidade.
Contexto projeto:
A águia-caçadeira, classificada como “Em Perigo” de extinção em Portugal e “Vulnerável” em Espanha, é uma rapina migradora que passa o outono/inverno na África subsaariana e a primavera/verão na Europa e Ásia Ocidental, sendo que a Península Ibérica alberga grande parte da sua população ocidental. O forte declínio da população desta ave de rapina é resultado sobretudo de alterações nas práticas agrícolas e predação. Em Portugal, a redução significativa de áreas de produção de grão para expansão da produção bovina tem resultado numa perda de habitat adequado para a espécie. A águia-caçadeira é então forçada a reproduzir-se em culturas forrageiras, onde o corte precoce, em plena época reprodutora, destrói involuntariamente os ninhos feitos no solo. Por ser uma espécie muito dependente de áreas agrícolas para a sua sobrevivência, os agricultores têm um papel chave na sua conservação.
Objetivos:
Os principais objetivos do projeto, nos próximos seis anos, são: melhorar o estado de conservação da águia-caçadeira em Portugal e das populações transfronteiriças; adaptar as práticas agrícolas ao ciclo reprodutivo da espécie, promovendo o uso de variedades de cereais e forragens que são mais compatíveis com as suas necessidades ecológicas; reduzir significativamente a mortalidade e a destruição de ninhos, com uma meta de redução de 75% na mortalidade e aumento de 50% na população reprodutora e promover a consciencialização pública sobre a importância da conservação da águia-caçadeira, bem como fomentar a cooperação entre Portugal e Espanha para a conservação transfronteiriça desta ave.
Principais atividades:
O projeto será implementado em 49 Zonas de Proteção Especial da Rede Natura 2000, e áreas adjacentes, em Portugal (23) e Espanha (18 na Extremadura, três na Galiza, quatro em Castela e Leão e uma em Madrid), que albergam a maior parte das populações portuguesas e transfronteiriças da águia-caçadeira. Estas áreas são essenciais para a sobrevivência e expansão da espécie e para assegurar a conectividade da Rede Natura 2000.
O projeto LIFE SOS Pygargus vai proteger esta que é uma das espécies terrestes mais ameaçadas da fauna ibérica e que desempenha um papel fundamental nos ecossistemas, garantindo o seu bom funcionamento e beneficiando as comunidades rurais, nomeadamente os agricultores, através do consumo de insetos e pequenos roedores. Junta, assim, conservacionistas, investigadores, agricultores, entidades públicas e privadas e empresas ibéricas num esforço transfronteiriço sem precedentes para conservar esta rapina icónica das searas.
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