PLATISOR - Métodos para a gestão do montado de sobro com ataques de plátipo da região do Sor
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AcrónimoPLATISOR
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Código do projetoPDR2020-101-031396
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Programa financiadorPDR 2020 - Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020
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MedidaAção1.1 - Grupos Operacionais
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Orçamento total (€)318 191,00
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Orçamento INIAV (€)64 839,54
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Cofinanciamento (%)75%
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Data de aprovação2018/02/15
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Data de início2018/01/02
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Data de conclusão2023/03/31
- AFLOSOR - Associação de Produtores Florestais de Ponte de Sôr
- Alves Bento Sag, Lda
- FLORGÉNESE - Produtos e Serviços para Agricul. Florestas, Unipessoal, Lda
- Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.
- Santa Casa Misericordia Ponte de Sor
- Sociedade Agricola Felizardo Prezado
Objetivos gerais:
- Conhecer os fatores relacionados com a distribuição espacial/temporal dos ataques do plátipo;
- Conhecer a biecologia do plátipo na região;
- Procurar alternativas aos meios de controlo já existentes (biológica e química);
- Procurar aumentar a eficácia da técnica de armadilhagem já comercializada.
Objetivos específicos:
- Avaliar as relações entre a ocorrência do plátipo e as diferentes características do povoamento;
- Avaliar as condições da árvore que permitem um ataque bem-sucedido do plátipo;
- Avaliar o ciclo biológico do plátipo na região do Sor, em particular da sub-população que se mantêm ativa durante dois anos;
- Determinação das estratégias de sobrevivência do inseto em condições naturais;
- Avaliação da capacidade de voo do plátipo (periodo do ano e distância de voo);
- Avaliação da existência de parasitoides, predadores e fungos entomopatogénicos;
- Avaliação da eficácia de métodos de gestão da madeira atacada, após corte;
- Verificar se o aumento da capacidade de resistência da árvore pode diminuir a sua suscetibilidade ao ataque do plátipo;
- Implementar adaptações às armadilhas já testadas para a melhoria da sua eficácia.
Os montados de sobro são ecossistemas muito complexos e de delicado equilíbrio, característicos da Bacia Mediterrânica, com grande importância económica, social e ecológica em Portugal, ocupando atualmente cerca de 737 mil hectares, que corresponde a 23% da área florestal total (ICNF 2013). A partir da década de 80 verifica-se em Portugal um agravamento do seu estado sanitário em zonas geográficas e povoamentos relativamente bem delimitados, à semelhança do que acontece noutros países da bacia mediterrânica. Quanto aos factores bióticos foi verificado que o declínio da espécie está intimamente associado a padrões complexos nos quais as pragas (p. ex. Platypus cylindrus, Coroebus undatus) e as doenças (p.ex. Phytophtora spp, Biscogniauxia mediterranea, Botriosphaeria stevensii e Ophiostoma spp) são determinantes na morte dos sobreiros.
O Platypus cylindrus que atacava sobretudo árvores mortas ou muito enfraquecidas, surge nas últimas décadas associado ao declínio do sobreiro em Portugal, contribuindo para a mortalidade de milhares de árvores aparentemente sãs. É também um vector de fungos patogénicos cujas associações podem ser interpretadas como fazendo parte do sistema evolutivo que permitiu o incremento populacional do insecto, ou é uma adaptação para assegurar o alimento para as larvas, ou ainda um mecanismo para colonização de hospedeiros com características diferentes. Gradualmente têm-se vindo a notar um progressivo aumento dos ataques do plátipo, nomeadamente em árvores verdes. Os trabalhos desenvolvidos sobre esta problemática, têm focado as interações com outros agentes nocivos e com a árvore hospedeira, o ciclo biológico e dinâmica de populações, com a definição de medidas para o seu controlo. O desenvolvimento de métodos de captura baseados num melhor conhecimento dos mecanismos de seleção dos hospedeiros (voláteis dos hospedeiros e feromonas específicas), sendo a estratégia preferencial que está a ser implementada no seu controlo.Pretende-se assim que os constrangimentos causados pelos ataques do plátipo sejam minimizados com a consequente diminuição do seu impacte nos montados de sobro da região do Sor conjugando novas formas de gestão dos povoamentos com novos meios de luta e aperfeiçoamento dos existentes.
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