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LOCALIZAÇÃO

Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - Pólo de Inovação de Dois Portos / Estação Vitivinícola Nacional (EVN), Quinta de Almoinha. 2565-191 Dois Portos (40 km a norte de Lisboa).

  • Longitude: 9º 14’ 60.78’’ W
  • Latitude: 38º 81’ 67.85’’ N
  • Altitude: 75 m
  • Temperatura média anual: 15,2º C
  • Precipitação média anual: 694 mm

O clima é caracterizado por Invernos chuvosos, sendo a precipitação predominante nos meses de novembro, dezembro e janeiro. O período de Verão é muito seco. O mês com temperatura média máxima é agosto, atingindo 21º C, e o mês com temperatura média mínima é janeiro, atingindo 10º C. Novembro tem a precipitação média máxima com 95 mm.

HISTÓRIA

Em 1988, a Estação Vitivinícola Nacional, no âmbito do Projeto de Ampelografia e Sinonímia das Variedades de Videira, iniciou a instalação da Coleção Ampelográfica Nacional (CAN).

Inicialmente a CAN ocupou os talhões 4 e 5 da Quinta de Almoinha, com uma área de 2 ha, possuindo: 704 acessos de Vitis vinifera subsp. vinifera (678 variedades de uva para vinho e 26 variedades de uva de mesa); 76 acessos de Vitis vinifera subsp. sylvestris; 24 acessos de porta-enxertos; 9 acessos de outras espécies de Vitis.

Em 2013 a Coleção foi repicada para o talhão 1.

Instalação CAN
Instalação CAN
Instalação CAN

CARACTERIZAÇÃO

Talhão 1 da Quinta de Almoinha.

  • Área: 20.000 m2
  • Solo: Aluviossolos modernos de textura mediana, calcários (Ac).
  • Fluvisol Cálcico (FAO 2006) com altos níveis de fósforo e potássio e pobre em azoto.
  • Sistema de condução: Cordão bilateral ascendente, podado a talão, com cerca de 4 talões por braço.
  • Densidade de plantação: 3.200 videiras por hectare.

Armação:

  • Esteios: Ferro galvanizado com 2,30 m; enterrados a 0,65 m.
  • Cabeceiras: Madeira: Ø 10 a 12 cm; altura: 2,5 m.
  • Arames: Altura dos arames: 1º a 0,65 m; 2º pareado a 0,30 m e a 0,40 m acima do 1º arame; 3º a 5 cm do topo do esteio.

Materiais vegetais: a coleção ampelográfica está instalada sobre material certificado do porta-enxerto SO4, clone 73, sendo cada genótipo representado por 7 cepas, sempre que possível de proveniência clonal e isentas do vírus do nó-curto.

Para despistagem do vírus do nó-curto, as variedades foram submetidas ao teste ELISA, preferencialmente antes da introdução na Coleção, tendo sido raramente testadas a posteriori. As cepas infetadas são arrancadas e replantadas com material isento.

Por outro lado, a análise nematológica efetuada previamente à instalação do porta-enxerto não evidenciou a existência de nemátodos comprovadamente vetores de vírus.

DESCRIÇÃO

A CAN permite preservar as castas tradicionais portuguesas e realizar estudos de caracterização e identificação, usando descritores internacionais elaborados pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) e por projetos europeus nos quais a EVN colaborou por possuir esta estrutura ampelográfica.

A caracterização molecular das 341 castas autorizadas em Portugal para a produção de vinho, recorrendo aos perfis de seis microssatélites estudados pelo projeto Europeu GENRES 081 e aceites pela OIV como marcadores de referência na caracterização da espécie, foi efetuada usando como referência as variedades existentes na CAN. Decorrente de estudos posteriores, a maioria destas variedades já se encontra caracterizada com nove microssatélites e uma pequena percentagem com 20 microssatélites. Outras metodologias de caracterização estão a ser implementadas visando a valorização e a sustentabilidade destes recursos genéticos.

COLEÇÃO NACIONAL DE REFERÊNCIA

Associada às bases de dados:

  • EURISCO - fornece informações sobre coleções de plantas ex-situ mantidas na Europa. EURISCO baseia-se numa rede europeia de Inventários Nacionais (IN) ex-situ que disponibiliza os dados de recursos genéticos vegetais europeus para todo o mundo. Mais informações em http://eurisco.ecpgr.org
Corropio cacho
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Dedo de Dama cacho
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Touriga Nacional cacho
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Corropio folha
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Dedo de Dama folha
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Touriga Nacional folha
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OBJETIVOS DA CAN

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  1. Criar uma referência viva de todas as variedades citadas em legislação vitivinícola que fixe a lista de variedades europeias (Vitis vinifera L.) a figurar nos vinhedos de cada região produtora.

  2. Possuir a referência viva das variedades e espécies de Vitis utilizadas como padrões dos diferentes níveis de expressão dos caracteres utilizados no “Code des caractères descriptifs des variétés et espèces de Vitis” (OIV, 1983).

  3. Possuir a referência viva dos porta-enxertos considerados com interesse para a viticultura nacional.

  4. Preservar castas cuja cultura esteja em regressão ou se encontrem em vias de extinção.

  5. Permitir o estudo ampelográfico e a resolução de problemas de sinonímia e homonímia, a nível nacional e internacional.

  6. Fomentar ações didáticas, dirigidas a alunos de viticultura e/ou enologia, classificadores de videira e inspetores de viveiros vitícolas, entre outros.

  7. Facilitar o intercâmbio nacional e internacional de material vegetal para fins científicos.

GESTÃO DA CAN

Realizada através de um ficheiro EXCEL, onde vão sendo introduzidas todas as informações obtidas. O ficheiro é composto por:

  1. Número de referência: número com cinco algarismos, em que o primeiro indica o talhão, os dois seguintes a linha e os dois últimos o espaço de localização da casta na CAN.
  2. Nome do acesso: nome da casta na região de origem.
  3. Proveniência: nome do técnico e respetivo organismo/exploração agrícola que enviou o material vegetal. Se for proveniente de seleção ou existindo a possibilidade de localizar a cepa-mãe, é registado o número do clone ou a localização no terreno.
  4. Nome da variedade: nome principal da casta.
  5. Origem: origem geográfica da casta; nas castas nacionais corresponde a uma região do País e nas castas estrangeiras corresponde normalmente ao País.
  6. Data da enxertia: data em que o acesso foi enxertado.
  7. Sinónimos/Homónimos: designações da casta. É ainda indicada, entre parênteses, a região de origem da designação. Sempre que esteja definido um nome principal para a casta é ele o referido. Paralelamente, são indicadas as homonímias.
  8. Estado sanitário
  9. Trocas
  10. Falhas
  11. Características morfológicas: características consideradas mais discriminantes da casta.
  12. Características agronómicas: informações que vão sendo obtidas na CAN, na bibliografia e no campo.
  13. Características enológicas
  14. Sensibilidades: indicações de índole diversa, como por exemplo o estado sanitário da casta na CAN.
  15. História
  16. Referências bibliográficas: publicações onde é possível obter informações sobre a casta.

COLEÇÃO AMPELOGRÁFICA NACIONAL (CAN)
Curador: Jorge Cunha

Polo de Inovação de Dois Portos

Polo de Dois Portos

Contactos

Quinta da Almoinha
2565-191 Dois Portos – Portugal

Tel: (+ 351) 261 712 106/500
E-mail: polo.doisportos@iniav.pt