O Grupo de Trabalho +Coelho, criado na sequência de Despacho de 31 de maio de 2017 do MAFDR, congregou entidades públicas e privadas do sistema científico e tecnológico nacional e as autoridades nacionais em matéria de biodiversidade, conservação da natureza e saúde animal, bem como as três organizações do setor da caça de primeiro nível, num esforço multidisplinar para o controlo da Doença Hemorrágica Viral dos Coelhos e a recuperação das populações de coelho-bravo. O alargamento das áreas de intervenção deste grupo a outras espécies cinegéticas, numa perspetiva global do ecossistema, reconhecendo os vínculos críticos entre a atividade humana, as espécies cinegéticas e as espécies domésticas, constituiu uma oportunidade para a criação de um centro de competências focado no aumento do conhecimento sobre as espécies cinegéticas e as outras espécies em simpatria e na transferência do conhecimento acumulado para o setor cinegético e a sociedade em geral.
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A Expocaça, a maior e mais antiga feira de caça e pesca da Península Ibérica, decorreu nos passados dias 4, 5 e 6 de maio, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém (Portugal), comemorando 30 anos de forte intervenção na promoção da caça, armas e pesca. O evento contou com mais de 150 expositores nacionais e estrangeiros do setor e foi palco de vários colóquios e seminários sobre temas da atualidade relacionados com as espécies cinegéticas, cães de caça, e atividade cinegética. O evento serve também a divulgação e demonstração especializadas de armas e equipamentos de caça, bem como de viagens dedicadas ao turismo cinegético no território nacional e em todo o mundo.
As estirpes clássicas do vírus da doença hemorrágica dos coelhos (tipo 1, RHDV) circularam no arquipélago da Madeira, nomeadamente nas ilhas da Madeira e Porto Santo, até 2011 e finais de 2012, respetivamente, tendo a doença sido controlada na altura por vacinação. O novo vírus da doença hemorrágica viral dos coelhos (tipo 2, RHDV2) foi detetado no Porto Santo em outubro de 2016, e subsequentemente, em janeiro de 2017, também na ilha da Madeira, afetando inicialmente populações selvagens e, posteriormente, animais domésticos de ambas as ilhas. Esse estudo foi conduzido pelo INIAV IP em parceria com a Direção Regional para a Administração Pública do Porto Santo (DRAPS), o Laboratório Regional de Veterinária e Segurança Alimentar da Direção Regional de Agricultura (DRA) da Região Autónoma da Madeira, e a Universidade de Évora.
As investigadoras Mónica Cunha e Margarida Duarte (INIAV IP), do grupo de trabalho +Coelho, visitaram no passado dia 23 de abril a zona de caça turística (ZCT) da Pedra da Légua (500 ha, Processo do ICNF nº 6531), localizada em Alcains, distrito de Castelo Branco, a convite de Ricardo Sousa (co-proprietário e gestor) e de Carlos Rio de Carvalho e António Barreto (ERENA, Iberlince).
As investigadoras Mónica Cunha e Margarida Duarte (INIAV IP), membros do grupo de trabalho +Coelho, visitaram, no passado dia 20 de abril, três parques de criação de coelho-bravo localizados em Barcelos, no norte do País. O modelo de maneio assenta na disponibilização e fomento de tocas de habitação e tocas de reprodução de coelho-bravo em áreas com cobertos arbóreos mas com sobcoberto limpo. Esta opção de gestão da vegetação, que proporciona menos abrigo junto às tocas, visa fomentar o desenvolvimento de capacidade de defesa do coelho-bravo aos predadores, essencial à sua sobrevivência quando introduzidos na natureza.
A 14 e 15 de abril, decorreu na vila de Mértola o Festival Terras Sem Sombra, o 14º Festival do Baixo Alentejo. Os participantes foram recebidos pelo historiador de arte e diretor-geral do Festival, José António Falcão, e por Rosinda Freire Pimenta, Vereadora da Câmara Municipal de Mértola. Contou-se ainda com a intervenção de Miguel de Castro Neto, ex-secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, e com a presença dos embaixadores da Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia.
No passado dia 23 de março, Fábio Alexandre Abade dos Santos, finalista do Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, defendeu, na Faculdade de Medicina Veterinária (FMV) da Universidade de Lisboa, as suas provas de Mestrado com a tese intitulada “Quadro Anatomo-Histopatológico e Diagnóstico Molecular da Doença Hemorrágica Viral em Coelho-Bravo”. O trabalho foi orientado pela Prof. Doutora Conceição Peleteiro (FMV, Laboratório de Patologia) e pela investigadora Doutora Margarida Duarte (INIAV IP), tendo sido desenvolvido na FMV e INIAV IP, e cofinanciado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação em Saúde Animal (CIISA) e pelo Fundo Florestal Permanente (projeto +Coelho).
A convite do seu Presidente, Nuno Pereira, as investigadoras do INIAV, Margarida Duarte e Mónica Cunha, visitaram, no passado dia 21 de março, o Clube de Caçadores de Canelas, em Penafiel, acompanhadas pelo Eng. Jorge Maia, técnico da FENCAÇA. Este Clube de Caçadores do distrito do Porto dispõe de um parque de reprodução de coelho-bravo, cujas excelentes infraestruturas e condições de maneio permitirão também fazer a avaliação da apetência do coelho-bravo para diferentes aromatizantes a incluir na formulação de alimento composto que está a ser desenvolvida para suplementação alimentar nas zonas de caça aderentes ao projeto +Coelho.
No âmbito do projeto +Coelho, Margarida Duarte e Mónica Cunha (investigadoras do INIAV IP), Jacinto Amaro (Presidente da FENCAÇA), André Cid (Vice-Presidente da CNCP) e João Carvalho (Secretário Geral da ANPC) estiveram presentes na Zona de Caça Turística com o processo nº 4855 do ICNF, Herdade do Infantado, localizada em Samora Correia, no distrito de Santarém. É na porção vedada desta propriedade que, desde abril de 2016, está em curso um projeto de recuperação da população de coelho-bravo após um declínio acentuado da população.
O Grupo de trabalho +Coelho participou no Colóquio da FENCAÇA inserido no programa de atividades da X Feira de Caça, Pesca e Lazer de Ponte de Lima, que decorreu de 9 a 11 de março de 2018, naquela cidade. As investigadoras Mónica Cunha (INIAV IP) e Margarida Duarte (INIAV IP) divulgaram, junto dos caçadores e do público em geral, as atividades do projeto +Coelho e o modelo de funcionamento da parceria que reúne nove instituições em torno da recuperação do coelho-bravo, bem como os resultados provisórios da vigilância sanitária de leporídeos na época venatória 2017/2018.
No contexto das medidas de gestão cinegética, sanitária e de conservação previstas no Plano de Ação para o Controlo da Doença Hemorrágica Viral dos Coelhos (Despacho n.º 4757/2017 de 31 de maio) e no projeto “+COELHO: Avaliação Ecossanitária das Populações Naturais de Coelho-Bravo Visando o Controlo da Doença Hemorrágica Viral”, o Grupo de trabalho +Coelho, através dos parceiros INIAV IP e DGAV, reuniu, pela quarta vez, no passado dia 7 de março na sede da IACA (Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais) com alguns dos seus associados para consolidação da parceria que visa o desenvolvimento de alimentos compostos adequados ao coelho-bravo em contexto natural.